REFORMA
POLÍTICA
O
Debate sobre a Reforma Política continua preenchendo espaço no noticiário nacional.
Temas como o aumento do mandato para cinco anos de Presidente da República,
Governadores e Prefeitos; Eleições unificadas (presidente, governador e prefeito
em uma mesma data); data da posse em dias diferentes; financiamento público de
campanha; fim das coligações partidárias em nível proporcional; fidelidade
partidária; lista fechada; entre outros, são debatidos por Deputados e
Senadores constantemente.
Mas
de todos esses tópicos, quais os que realmente fortalecem os Partidos Políticos
e quais os que aproximam os políticos, principalmente os de mandatos federais,
de suas bases políticas, do povo?
VOTO
REGIONAL
Por
que não escolhermos representantes de nossa região? Da mesma forma que os
estados escolhem, no modelo atual, seus deputados federais, por que não implementar
essa escolha diretamente para todas as regiões dos estados da Federação.
Cada
estado seria dividido em regiões: capital (subdividido em suas regionais), região
metropolitana (sem a capital), central, zona norte, leste, etc, onde eram
apresentados os números de eleitores para o cálculo do número de vagas
legislativas.
UNIFICAÇÃO
ELEITORAL
As
eleições ocorreriam de cinco em cinco anos, unificadas, para escolha do
Presidente da República e vice, Governador e Vice, Senador e suplente, Prefeito
e vice, e Vereadores. Neste modelo, o eleitor votaria apenas em cinco
candidatos.
Teoricamente,
com a redução do número de eleições e votações, o custo das eleições cairia vertiginosamente.
Teoricamente também, os novos gestores
teriam mais tempo para organizarem suas administrações. No modelo atual, com
eleições a cada dois anos, os gestores, principalmente em cidades do interior,
tentem a viver administrativamente pensando apenas em eleições. Mal foram
eleitos, já estão pensando nas eleições do próximo ano, correndo atrás de
Governadores e deputados federais na tentativa de viabilizarem projetos antes
das eleições, e, após elas, ficarem no marasmo de suas administrações, já
pensando em suas reeleições.
FIM
DA REELEIÇÃO
Com
o mandato de cinco anos, unificadas as eleições, finalizava o direito da
reeleição.
VOTO
LEGISLATIVO
Neste
novo modelo, cada região votava apenas em candidatos a cargos do legislativo de
sua região. Com a unificação eleitoral, e a escolha de apenas cinco candidatos,
Presidente, Governador, Senador, Prefeito e Vereador, acabar-se-ia a
votação para deputados federais e estaduais.
Vejam bem: O presidente do Senado é eleito
por seus pares. Assim também é o do Congresso Nacional, das Assembleias
Legislativas e Câmaras Municipais. O povo os elege e eles elegem seus
presidentes, mesas diretoras, comissões,
etc.
Então,
por que não votarmos também apenas para vereadores? No período eleitoral cada
região, em seus municípios, elegeria para o legislativo, apenas seus
vereadores. Após as eleições, os vereadores de sua região, em votação,
elegeriam os deputados estaduais e federais de sua região por um mandato de
dois anos e meio. Passado esse tempo, novas eleições regionais para escolha de
seus deputados estaduais e regionais.
Desta
forma, tanto os deputados estaduais como federais de uma determinada região estariam
mais próximo do povo que os elegeu, comprometendo-se com os projetos para sua
região, bem como, em um prazo de dois anos e meio, estariam retornado para
saber se seus pares são favoráveis ou não, as suas permanências nas casas
legislativas. Continuariam sendo, digamos assim, eternamente VEREADORES.
FIM
DAS COLIGAÇÕES
Também
acabariam as coligações proporcionais, mas, pelo outro lado seriam eleitos
apenas os mais votados, independente de partido, desde que, os Partidos Políticos
houvessem assegurados as cadeiras legislativas pelo número de filiados.
FORTALECIMENTO
PARTIDÁRIO
Neste
novo modelo e conforme já pronunciado em artigo datado de 25/06/2011, publicado
no Ibiapina News, a quantidade de vagas nas Câmaras Municipais, nas Assembleias
Legislativas e no Congresso Nacional, ocupadas pelos Partidos Políticos seria
proporcional a quantidade de filiados por partido de cada circunscrição
eleitoral. Desta forma, quanto mais filiados o Partido tivesse na circunscrição
eleitoral, mais vagas parlamentares ele teria.
EXEMPLIFICANDO
O
Brasil, segundo dados do TSE, possui 140.646.446 eleitores.
O
Estado do Ceará, 6.192.371 eleitores
A
Região da Ibiapaba, (Viçosa do Ceará –
41.770; Tianguá – 48.579; Ubajara – 24.432; Ibiapina – 18.325; São Benedito – 37.782;
Carnaubal – 13.390; Guaraciaba do Norte – 31.500; Croatá – 14.524 e Ipu – 33.104)
totalizando 263.406 eleitores.
A
Câmara dos Deputados é composta por 513 deputados, sendo que o Estado do Ceará
tem uma bancada formada por 22 deputados. (Números alterados recentemente para
24).
Já
a Assembleia Legislativa do Estado do Ceará é composta por 46 deputados
Estaduais.
Tomando por base a
Ibiapaba
Levando-se
em consideração o número de eleitores do Brasil e dividindo-se pela quantidade
de cadeiras federais, teríamos um coeficiente
de 274.164 eleitores por cada vaga federal. Desta forma a Ibiapaba com
263.406 eleitores, certamente, pelas sobras, elegeria 0,96 deputado, ou seja, teria
direito a uma vaga de deputado federal.
Levando-se
em consideração o número de eleitores do Ceará e dividindo-se pela quantidade
de cadeiras estaduais, teríamos um
coeficiente de 134.616 eleitores por cada vaga estadual. Desta forma a
Ibiapaba com 263.406 eleitores, certamente, também pelas sobras, elegeria 1,95
deputado, ou seja 02 deputados estaduais.
E como seria
composto o colégio eleitoral?
Por
vereadores dos municípios da Região da Ibiapaba, neste caso, em um total de 109
vereadores que elegeriam 02 deputados estaduais e 01 deputado federal entre si,
consequentemente, assumindo para a vaga dos eleitos a deputados seus suplentes
de vereadores.
Bom
registrar que a média de vereadores na região é de 12 vereadores por município,
sendo que, o que tem mais vereadores tem 15 e o que tem menos, tem 9, deixando
claro que haveria um grande debate para a eleição dos deputados, bem como, uma
interação maior entre todas as cidades da região.
Logicamente
só seriam candidatos a deputado, os vereadores que os partidos políticos
tivessem assento na Assembleia Legislativa e na Câmara dos deputados.
FERNANDO CARVALHO (DEM), vereador do município de Ibiapina é
defensor do Parlamento Municipal e da criação da Frente Parlamentar da Ibiapaba
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