Um pouco da História do Palhaço Fofoquinha
Quem é adulto e não lembra, quando criança, da presença do circo na cidade, principalmente nos interiores desse nosso Brasil. Vem a emoção de lembrar do palhaço andando em pernas de pau, alardeando pelas ruas a convidar para o espetáculo, cercado por crianças que o seguiam. Era uma euforia constante.
E a noite, o picadeiro lotado, com crianças e adultos apreciando o espetáculo de malabarista, mágicos, e, principalmente, os palhaços.
Esses artistas, que trazem em seu sangue a tradição da cultura popular percorrem vilas e cidades, buscando levar a população sua arte.
Nossa região é agraciada com talentos, na qual, entre eles o tão conhecido do público, o Palhaço Fofoquinha, que, por diversas ocasiões esteve em Ibiapina para levar alegria ao povo.
Nessas lembranças, vamos registrar quem é o Palhaço Fofoquinha por ele mesmo, que tão bem nos relata nosso circense Adriano Brandão.
Meu nome é Luiz de Lima Furtado, nascido em 4 de setembro de 1967, em Tianguá-CE, onde desenvolvi minha trajetória como agente cultural, artista circense e músico. Minha história com a arte começou em 1989, quando realizei meu primeiro show como o Palhaço Pirulito. Desde então, dedico minha vida à cultura, especialmente à arte circense e musical, levando alegria e inclusão cultural para diversas comunidades.
Iniciei minha carreira no Circo do Renê, onde recebi o apelido "Fofoquinha". Com o tempo, passei por outros importantes circos, como o Circo do Wissom Roberto e o Circo do Palhaço Pindoba.
Durante seis anos, trabalhei no Londres Real Circo, viajando pelos estados do Maranhão e Piauí, até me estabelecer no Circo Diorama, onde permaneci por 23 anos.
No Circo Diorama, tive a oportunidade de criar a banda Cachorra Parida, inspirada nas paródias do Palhaço Caçarola. Desde sua primeira apresentação, em 2001, no município de Marrinhos, a banda vem encantando o público com músicas e performances criativas.
Após uma temporada no Circo RE-MAN e com a chegada da pandemia, iniciei uma carreira solo como Palhaço Fofoquinha, realizando shows beneficentes e continuando com a banda Cachorra Parida. Paralelamente, me dedico a ensinar crianças, adolescentes e adultos a tocar bateria, mesmo enfrentando limitações financeiras e estruturais. Meu trabalho busca promover a inclusão social e despertar o amor pela arte em comunidades de baixa renda.
Apesar de minhas condições simples – sou órfão de pai e mãe e vivo com minha irmã em uma casa humilde – sou profundamente grato pela oportunidade de transformar vidas através da arte. Acredito que minha trajetória é um exemplo de resiliência, amor à cultura e impacto social, especialmente no fortalecimento da cultura circense e musical em nossa região.
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