quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

PADRE PINTO - MÁRTIR DE IBIAPINA

 Missa em celebração aos 415 anos do martírio de Padre Pinto



Foi realizada na noite dessa última terça-feira, dia 11, celebração eucarística em memória do missionário Jesuíta Padre Pinto, martirizado no dia 11 de Janeiro de 1.608 pelo índios tocarijus, no território ibiapinense.

A celebração foi presidida pelo pároco local, Padre Lusmar Fontenele e co-celebrada pelo Padre Clodoaldo, representando a Diocese de Tianguá e também pelo Diácono Antônio Jose.



Estiveram presentes também na celebração, o historiador e professor Adauto Leitão, Doutora Hélia e a professora Francisca Oneide, além do prefeito municipal, Marcos Antonio, presidente da Câmara, Rodrigo Melo e devotos.



Na ocasião foi entregue a Paróquia de Ibiapina, local do martírio do Padre Pinto, a bandeira de Açores, terra natal do mártir.


Padre Pinto 

Pe. Francisco Pinto, português, nasceu em Agra do Heroísmo, capital da Ilha Terceira dos Açores no ano de 1552. Ainda criança seguiu com seus pais para Pernambuco, Brasil. De lá foram para Salvador/BA. Aos 17 anos entrou na Companhia de Jesus em 31 de outubro de 1568. É relatado que Padre Pinto foi curado milagrosamente pela intercessão de Pe. José de Anchieta. Em 1588 recebeu as “ordens sacras”, sendo considerado padre. Devido a seu conhecimento das línguas indígenas foi indicado para Missão do Maranhão.

Em 20 de janeiro de 1607 partiu de Recife em uma embarcação que ia buscar sal coletado nas salinas na foz do Rio Mossoró, em companhia do padre Luís Figueira rumo ao Siará Grande, com o intuito de catequizar os nativos daquele território. Em 2 de fevereiro do 1607 celebraram a primeira missa no território do atual Estado do Ceará, na foz do Rio Jaguaribe. Durante a viagem, esteve em um aldeamento denominado como Paupina, que corresponde atualmente ao centro de Messejana. Os dois avançaram até a Chapada de Ibiapaba, chegando a habitar com os índios Tabajara. Em 11 de janeiro de 1608 foi assassinado pelos índios Tacarijus na hora em que rezava o breviário. Não se sabe o local exato, sendo enterrado no sopé da Serra Grande.