Lá em terras bem distantes
Ibiapinenses moravam
O corpo está lá presente
Mas o coração não estava
Ficava aqui nesse chão
Onde mora seus irmãos
E o povo que amava
Mas lembrando aqui da terra
Uma saudade batia
juntavam os seus recursos
E aumentava a alegria
De poder correr agora
E de presa ir embora
Para sua terra um dia
E faziam aquela festa
Todo mundo bem contente
Para ver os que são seus
Para ver a sua gente
Visitar a sua amada
A serra da Ibiapaba
Seu lugar tão imponente
Mas para isso precisavam
De uma passagem comprar
De ir na rodoviária
De preparar um lugar
Pra irem todos juntos
Como se fosse um conjunto
Sua terra visitar
E já na rodoviária
Daquele lugar distante
Pediam ao atendente
Uma passagem urgente
Pra querida Ibiapina
Cidade de gente fina
E de povo aconchegante
Mas responde o atendente
Sem conseguir entender
Não está aqui no mapa
Esse lugar, pode ver
Tem pra cidade vizinha
E que fica bem pertinha
Da cidade de você
Coitado do ibiapinense
Fica triste, cai um pranto
O seu lugar tão amado
Terra de tanto encanto
Não está ali no mapa
Isso soou como um tapa
Diante de seu espanto.
Apesar de tudo isso
Foi com os seus embarcar
De passagem já comprada
Começara a viajar
Enfrentando a estrada
Uns três dias de jornada
Para sua terra voltar
Chegaram aqui a noitinha
E já caia um sereno
O busão parou na rua
Tava molhado o terreno
Ficaram também molhados
Seus corpos arrepiados
Será mesmo o Nazareno?
Ao verem a situação
Todo mundo percebeu
Que nada havia mudado
Que nada se sucedeu
Nada foi feito de novo
Em prol do sofrido povo
Nada então aconteceu
Agora a ficha caiu
Como fosse luminária
Ibiapina não achada
Por aquela secretária
Pois no mapa não estava
É porque aqui faltava
Uma tal rodoviária
Ibiapina aqui na Serra
Tinha virado piada
Pois de todas as cidades
Aqui por mim levantada
Rodoviária não tinha
E ficou tão pequenina
Minha terra abençoada
E essa tão querida obra
Que nosso povo sonhava
Foi pro muitos prometida
Mas nunca realizada
Aparecia então
Em época de eleição
Em promessas nuviadas
Passa um ano, passam dois
Prefeito, governador
Um entra e sai desgramado
Entra até um Senador
Trabalhando um projeto
Para poder nos dar um teto
Pra esse povo sofredor
Que quer comprar a passagem
Em lugar aconchegante
Que não fique ao relento
Que se sinta elegante
Pois a obra esperada
É por muitos desejada
De nativo a visitante
E um projeto foi feito
Quando Leandro mandava
Para a tão sonhada obra
Pelo povo aguardada
Mas chegou a eleição
E veio outra decisão
Pelas urnas proclamada
Quis assim, por um destino
Que essa obra esperada
Fosse por um planejada
E por outro executada
Para entregar ao povo
Esse nascimento novo
E por tantos desejada
E chegou o grande dia
Tão sonhado pelo povo
De ver o povo embarcando
Nesse equipamento novo
Sem tomar nenhum sereno
De sentir-se mais pequeno
E sim, por todos, o aprovo
Por isso que sinto orgulho
Fazendo um gesto, então
De três tapinha no peito
Em cima do coração
Fazendo aquele gesto
Tão simples e tão modesto
Do nosso amigo Marcão
Que lutou, correu atrás
De fazer a obra amanda
Demoliu, limpou terreno
Encostou muita carrada
De ferro, areia, cimento
Enfrentou até o vento
Mas concluiu a danada
Mas não tava satisfeito
Parecia que faltava
Algo não está certo
Logo alguém lhe falava
Você é homem de Fé
Ibiapina também é
De Deus escuta a palavra
Pegou então a estrada
Com a sua amada mulher
Foi pras terras lá do Norte
Viu e ouviu com Fé
Pra retornar a Ibiapina
Cumprindo a sua Sina
Da praça de Nazaré


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