quinta-feira, 13 de novembro de 2025

AGORA SIM, TEMOS RODOVIÁRIA

Fernando Carvalho presta uma singela homenagem a uma obra tão aguardada pelo povo ibiapinense.


SAGA DA RODOVIÁRIA


Lá em terras bem distantes

Ibiapinenses moravam

O corpo está lá presente

Mas o coração não estava

Ficava aqui nesse chão

Onde mora seus irmãos

E o povo que amava


Mas lembrando aqui da terra

Uma saudade batia

juntavam os seus recursos

E aumentava a alegria

De poder correr agora

E de presa ir embora

Para sua terra um dia


E faziam aquela festa

Todo mundo bem contente

Para ver os que são seus

Para ver a sua gente

Visitar a sua amada

A serra da Ibiapaba

Seu lugar tão imponente


Mas para isso precisavam

De uma passagem comprar

De ir na rodoviária

De preparar um lugar

Pra irem todos juntos

Como se fosse um conjunto

Sua terra visitar


E já na rodoviária

Daquele lugar distante

Pediam ao atendente

Uma passagem urgente

Pra querida Ibiapina

Cidade de gente fina

E de povo aconchegante


Mas responde o atendente

Sem conseguir entender

Não está aqui no mapa

Esse lugar, pode ver

Tem pra cidade vizinha

E que fica bem pertinha

Da cidade de você



Coitado do ibiapinense

Fica triste, cai um pranto

O seu lugar tão amado

Terra de tanto encanto

Não está ali no mapa

Isso soou como um tapa

Diante de seu espanto.


Apesar de tudo isso

Foi com os seus embarcar

De passagem já comprada

Começara a viajar

Enfrentando a estrada

Uns três dias de jornada

Para sua terra voltar


Chegaram aqui a noitinha

E já caia um sereno

O busão parou na rua

Tava molhado o terreno

Ficaram também molhados

Seus corpos arrepiados

Será mesmo o Nazareno?


Ao verem a situação

Todo mundo percebeu

Que nada havia mudado

Que nada se sucedeu

Nada foi feito de novo

Em prol do sofrido povo

Nada então aconteceu


Agora a ficha caiu

Como fosse luminária

Ibiapina não achada

Por aquela secretária

Pois no mapa não estava

É porque aqui faltava

Uma tal rodoviária


Ibiapina aqui na Serra

Tinha virado piada

Pois de todas as cidades

Aqui por mim levantada

Rodoviária não tinha

E ficou tão pequenina

Minha terra abençoada


E essa tão querida obra

Que nosso povo sonhava

Foi pro muitos prometida

Mas nunca realizada

Aparecia então

Em época de eleição

Em promessas nuviadas


Passa um ano, passam dois

Prefeito, governador

Um entra e sai desgramado

Entra até um Senador

Trabalhando um projeto

Para poder nos dar um teto

Pra esse povo sofredor


Que quer comprar a passagem

Em lugar aconchegante

Que não fique ao relento

Que se sinta elegante

Pois a obra esperada

É por muitos desejada

De nativo a visitante


E um projeto foi feito

Quando Leandro mandava

Para a tão sonhada obra

Pelo povo aguardada

Mas chegou a eleição

E veio outra decisão

Pelas urnas proclamada


Quis assim, por um destino

Que essa obra esperada

Fosse por um planejada

E por outro executada

Para entregar ao povo

Esse nascimento novo

E por tantos desejada


E chegou o grande dia

Tão sonhado pelo povo

De ver o povo embarcando

Nesse equipamento novo

Sem tomar nenhum sereno

De sentir-se mais pequeno

E sim, por todos, o aprovo


Por isso que sinto orgulho

Fazendo um gesto, então

De três tapinha no peito

Em cima do coração

Fazendo aquele gesto

Tão simples e tão modesto

Do nosso amigo Marcão


Que lutou, correu atrás

De fazer a obra amanda

Demoliu, limpou terreno

Encostou muita carrada

De ferro, areia, cimento

Enfrentou até o vento

Mas concluiu a danada


Mas não tava satisfeito

Parecia que faltava

Algo não está certo

Logo alguém lhe falava

Você é homem de Fé

Ibiapina também é

De Deus escuta a palavra


Pegou então a estrada

Com a sua amada mulher

Foi pras terras lá do Norte

Viu e ouviu com Fé

Pra retornar a Ibiapina

Cumprindo a sua Sina

Da praça de Nazaré




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